O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) apresentou nesta terça-feira (29) um projeto de lei na Câmara dos Deputados que visa proibir o uso de cores fora da paleta oficial da bandeira brasileira — verde, amarelo, azul e branco — em qualquer uniforme ou material representativo do país. A proposta surge em reação ao anúncio de que o segundo uniforme da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 será na cor vermelha, desenvolvido pela marca Nike em parceria com a Jordan Brand.
A medida proposta pelo parlamentar determina que delegações esportivas, missões diplomáticas, entidades culturais e quaisquer organizações que representem oficialmente o Brasil, mesmo de forma indireta, utilizem exclusivamente as cores da bandeira nacional. O texto também abrange empresas ou instituições que atuem mediante contrato, convênio ou parceria com a administração pública federal.
Zé Trovão se manifestou sobre o tema em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), onde declarou: “Nem nossa bandeira, nem nossos uniformes, nem p* nenhuma do nosso país será vermelha!”. A frase reflete a insatisfação do parlamentar e de parte da oposição com a decisão da fornecedora esportiva, que ainda não divulgou oficialmente as imagens do novo uniforme.
Críticos da camisa vermelha alegam que a escolha da cor representa uma alusão política, apontando possíveis associações partidárias. O projeto de lei propõe sanções em caso de descumprimento, como advertência, suspensão e até a proibição da entidade infratora de representar o Brasil por um período de até quatro anos.
Segundo o texto apresentado, a padronização das cores tem como objetivo reforçar a identidade nacional, preservar símbolos históricos e evitar interpretações político-partidárias no uso de representações oficiais. “Além de reforçar a coesão e o patriotismo, essa medida contribui para a valorização da imagem do Brasil no exterior. A presença constante das cores nacionais transmite uma mensagem clara de unidade, compromisso com os valores nacionais e respeito à nossa história”, afirma o projeto.
O tema rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais e reacendeu debates sobre a simbologia das cores e a neutralidade institucional de entidades esportivas.
