O Renault Kwid E-Tech, modelo subcompacto 100% elétrico, mantém-se como o carro automático mais barato do Brasil, com preço de R$ 99.990. Em um cenário de sucessivos aumentos nos valores de veículos populares, impulsionados pela inflação, desvalorização do real e entraves na cadeia produtiva pós-pandemia, o Kwid elétrico surpreende ao se destacar como alternativa mais acessível — inclusive em relação a modelos com motorização a combustão.
Atualmente, o carro mais barato vendido no Brasil custa R$ 77 mil, mas não possui câmbio automático. Com esse diferencial, o Kwid E-Tech desbanca concorrentes como o Fiat Argo 1.3 Drive CVT, que hoje custa R$ 102 mil. A movimentação mais recente que reforçou essa liderança foi o reajuste no valor do Citroën C3 You! automático, que passou a custar R$ 102.990.
O modelo elétrico da Renault havia sido lançado com preço superior a R$ 120 mil, mas passou por uma expressiva redução em 2023 para se manter competitivo, sobretudo frente aos modelos chineses de entrada, como o BYD Dolphin Mini e o JAC E-JS1. A tática de preço permitiu ao Kwid E-Tech ocupar uma posição estratégica no mercado de compactos automáticos.
Para manter sua atratividade, a Renault prepara uma reestilização do Kwid E-Tech ainda para o primeiro semestre de 2025. A atualização trará o design inspirado no Dacia Spring, versão europeia do modelo. As mudanças incluem uma nova frente com luzes diurnas em LED no formato “Y” deitado, uma grade frontal refinada, e traseira com faixa preta ligando as lanternas. No interior, o modelo receberá melhorias significativas: painel com multimídia de 10 polegadas, cluster digital de 7 polegadas e troca do seletor giratório por uma alavanca tradicional, similar à do Renault Kardian.
A parte mecânica continuará a mesma, com motor elétrico de 65 cv e bateria de 26,8 kWh, oferecendo uma autonomia de até 185 km. A versão a combustão com novo visual deve ser lançada apenas em 2026.
Enquanto isso, o Renault Kwid E-Tech segue como uma opção estratégica para quem deseja um veículo automático, econômico e com menor impacto ambiental — tudo isso por menos de R$ 100 mil.
