O rapper e empresário Sean Combs, conhecido como P. Diddy, começou a ser julgado nesta segunda-feira (5) em Nova York, enfrentando graves acusações de tráfico sexual, agressão e coerção. O processo inicia com a seleção dos jurados e promete gerar intensa comoção pública, reacendendo discussões sobre abuso de poder e impunidade entre celebridades nos Estados Unidos.

Combs, que nega todas as acusações, está sendo investigado por supostamente comandar uma rede de exploração sexual, usando ameaças, drogas e coerção psicológica para controlar mulheres. A divulgação recente de imagens de câmeras de segurança contribuiu para o avanço das investigações federais.

A defesa do artista alega que as denúncias têm motivações financeiras e tenta desqualificar os depoimentos das supostas vítimas. “As alegações são falsas e motivadas por interesses escusos. Estamos confiantes na absolvição de Combs”, declarou um dos advogados.

Além do julgamento em curso, outros processos civis seguem tramitando, alguns reabertos com base em uma lei estadual que, por tempo limitado, permite a retomada de casos antigos de violência sexual. Em março, agentes federais realizaram buscas em imóveis do artista em Los Angeles e Miami, reforçando a seriedade da apuração, conduzida por uma força-tarefa especializada em crimes sexuais e tráfico humano.

Organizações de direitos humanos e movimentos feministas cobram celeridade e rigor nas investigações, classificando o caso como um teste para a Justiça americana na responsabilização de figuras públicas.

Caso condenado, P. Diddy poderá enfrentar penas severas, além de perder contratos milionários e compromissos comerciais com grandes marcas e plataformas.