CONCLAVE COMEÇA NO VATICANO COM CARDIAIS FAVORITOS À SUCESSÃO DO PAPA FRANCISCO

Por Redação 07/05/2025 12:58 • Atualizado Há 3 dias
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CIDADE DO VATICANO — Com a abertura do conclave nesta quarta-feira (7), a Capela Sistina torna-se, mais uma vez, o palco da escolha do novo líder da Igreja Católica. Ao todo, 133 cardeais de 71 países participam da votação, no que é considerado o conclave mais internacional da história. O próximo Papa deverá dar continuidade à missão de Francisco, em um momento desafiador para a Igreja no mundo moderno.

De acordo com a ata da última reunião entre cardeais, o novo Pontífice deverá ser “um pastor próximo da vida real das pessoas, presente, capaz de ser ponte e guia”. Embora o processo de escolha ocorra sob rígido sigilo, casas de apostas e vaticanistas já destacam os nomes mais cotados à sucessão de Jorge Bergoglio.

O principal favorito, segundo a plataforma Polymarket, é o cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, com 30% de chances. Parolin é conhecido por sua habilidade diplomática e pela sólida trajetória na diplomacia da Santa Sé. Em segundo lugar aparece o filipino Luis Antonio Tagle, com 19% de chances. Tagle é conhecido por seu carisma e engajamento em causas sociais, como a luta contra a pobreza e o diálogo inter-religioso.

Também são apontados como fortes candidatos os italianos Matteo Zuppi e Pierbattista Pizzaballa, o ganês Peter Turkson, o francês Jean-Marc Aveline, o húngaro Péter Erdo, e os filipinos Pablo Virgilio David e Luis Tagle. Outros nomes em destaque incluem o português José Tolentino de Mendonça, o espanhol Cristóbal López Romero e o maltês Mario Grech.

O conclave ocorre após um período de intensas discussões internas na Igreja. Francisco nomeou cerca de 80% dos cardeais eleitores, o que tende a favorecer a eleição de um sucessor com visão progressista. Contudo, analistas ressaltam que, apesar dessa tendência, a escolha de um Papa é sempre resultado de complexas negociações internas, que levam em conta questões teológicas, geopolíticas e eclesiásticas.

A expectativa global é alta, especialmente diante da possibilidade de eleger o primeiro Papa negro da história moderna — representado por Turkson — ou o primeiro asiático, como Tagle ou David. Além disso, cresce a atenção para candidatos que se destacam em temas como justiça social, paz, meio ambiente e inclusão de grupos historicamente marginalizados.

O novo Papa, além de líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos, terá a missão de conduzir a Igreja em um mundo cada vez mais secularizado, marcado por crises humanitárias, desigualdades sociais e tensões religiosas.

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