O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, enfrenta uma grave crise nos bastidores e corre sério risco de deixar o cargo. Segundo informações apuradas pelo portal LeoDias, Rodrigues perdeu um dos principais pilares de sustentação política: o apoio no Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente do ministro Gilmar Mendes.
Fontes ligadas à CBF relataram que o rompimento foi motivado por descumprimentos de acordos e o acúmulo de polêmicas envolvendo a entidade. Gilmar Mendes, que havia sido responsável por manter Ednaldo no cargo ao homologar o acordo que garantiu sua estabilidade política, agora tenta se desvincular do dirigente. O ministro, que é sócio do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), possui contratos milionários com a CBF, por meio da CBF Academy, o que aumentou o desgaste da relação.
Outro ponto de tensão foi a quebra de acordo firmado antes da reeleição de Ednaldo, em março deste ano. O presidente da CBF teria prometido indicar três nomes sugeridos por Mendes e por Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, para cargos na diretoria da entidade. Apenas um dos nomes foi nomeado, o que acentuou a insatisfação entre os ministros.
O cenário se agrava ainda mais com a suspeita de falsificação de assinatura em um documento essencial para a permanência de Rodrigues na presidência. A assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, em um acordo homologado pelo Supremo, está sendo questionada após a divulgação de um laudo médico que atesta sua incapacidade cognitiva desde 2023. O neurologista Jorge Roberto Pagura diagnosticou Nunes com ataxia e déficit cognitivo avançado, o que pode invalidar juridicamente o acordo.
Além disso, documentos obtidos pelo portal LeoDias mostram que a CBF transferiu mais de R$ 3,5 milhões para contas jurídicas ligadas a Coronel Nunes entre 2022 e 2024, com depósitos mensais de R$ 100 mil. Caso a falsificação seja comprovada, o acordo poderá ser anulado, abrindo caminho para a reversão judicial das eleições da CBF de 2022 e 2025.
A permanência de Ednaldo Rodrigues à frente da entidade máxima do futebol brasileiro está, neste momento, por um fio.
