AGU PEDE BLOQUEIO DE BENS DE ENTIDADES ACUSADAS DE FRAUDAR O INSS EM MAIS DE R$ 2,5 BILHÕES

Por Redação 08/05/2025 15:40 • Atualizado Há 2 dias
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A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou nesta quinta-feira (8) que ingressará com uma ação cautelar para bloquear os bens de 12 entidades associativas acusadas de integrar um esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS. O objetivo é resguardar a possibilidade de ressarcimento ao erário e garantir a aplicação de sanções previstas na Lei Anticorrupção.

Segundo o ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, as entidades foram “criadas, credenciadas e operaram durante alguns anos em diferentes governos para lesar aposentados e pensionistas”, sendo parte de uma organização criminosa sofisticada com a participação de agentes públicos e privados. O dano patrimonial estimado ao INSS, conforme dados da Dataprev, ultrapassa R$ 2,5 bilhões.

A ação, respaldada pela Lei nº 12.846/2013 (Lei da Empresa Limpa), prevê ainda:

  • Quebra de sigilos bancário e fiscal dos dirigentes envolvidos;
  • Bloqueio de contas, cartões de crédito e criptomoedas;
  • Suspensão das atividades das entidades investigadas;
  • Apreensão de passaportes dos investigados.

Além das 12 entidades, seis empresas intermediárias de repasses ilegais também estão no alvo da Justiça. A Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal apontam que o total das cobranças indevidas pode ultrapassar R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, conforme revelou a Operação Sem Desconto.

As investigações sugerem que as entidades atuavam como fachadas, com uso de “laranjas” e pagamento de propinas para obter autorização para efetuar os descontos ilegais diretamente nos benefícios previdenciários. As fraudes levaram à exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao pedido de demissão do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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