GILSON MACHADO DEIXA PRISÃO NO GRANDE RECIFE APÓS DECISÃO DE ALEXANDRE DE MORAES

Por Redação 14/06/2025 17:01 • Atualizado Há 3 dias
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O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), foi solto na noite desta sexta-feira (13) após ter a prisão revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele havia sido detido mais cedo pela Polícia Federal (PF), suspeito de tentar obter ilegalmente um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

Machado estava recolhido em uma cela isolada no Centro de Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, e deixou o local por volta das 23h. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, ele foi mantido separado dos demais detentos por questão de segurança.

Ao deixar a unidade prisional, o ex-ministro conversou com a imprensa e afirmou que tudo se tratava de um “mal-entendido”.

“É importante salientar que a revogação da prisão foi feita pela mesma pessoa que decretou, que foi o ministro Alexandre de Moraes. E estou pronto para qualquer esclarecimento que porventura seja oriundo desse mal-entendido”, declarou.

Segundo a PF, Machado teria tentado interceder junto ao Consulado de Portugal no Recife, em maio de 2025, com o objetivo de conseguir um passaporte português para Mauro Cid. O objetivo seria viabilizar a saída do militar do país. O caso veio à tona após investigações apontarem conversas e arquivos localizados no celular de Cid, que também tentava obter a cidadania portuguesa desde janeiro de 2023.

Machado foi preso em casa, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Após prestar depoimento na sede da PF, foi levado para exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro.

Durante a abordagem, a PF apreendeu o celular, o carro e outros pertences do ex-ministro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou na terça-feira (10) um pedido ao STF para abertura de inquérito contra Machado.

Em sua defesa, o ex-ministro negou envolvimento no caso e disse que a solicitação ao consulado teria sido para renovar o passaporte de seu pai, de 85 anos:

“Não matei, não trafiquei drogas, não tive contato com traficante. Apenas pedi um passaporte para meu pai, por telefone, ao Consulado Português do Recife. O meu pai tem 85 anos. No outro dia ele foi lá no consulado, juntamente com meu irmão.”

Gilson Machado, de 57 anos, é empresário do ramo de turismo, sanfoneiro de banda de forró e médico veterinário formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

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