O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, enfrentou seu primeiro grande teste no comando da entidade apenas um dia após tomar posse. Em uma reunião com patrocinadores, incluindo a fornecedora de material esportivo Nike, Xaud determinou o veto à polêmica camisa vermelha da Seleção Brasileira, apelidada de “vermelhinha”.
A camisa, lançada em abril, gerou ampla repercussão nas redes sociais e foi alvo de críticas políticas, com parte do público associando a cor vermelha a posicionamentos ideológicos. A peça foi anunciada como uma homenagem ao povo brasileiro, com referências à luta contra o racismo. No entanto, sua adoção dividiu opiniões e tornou-se um tema sensível entre torcedores e patrocinadores.
Segundo fontes próximas à CBF, a decisão de Samir Xaud de vetar a camisa foi direta e respaldada por parte dos parceiros comerciais da entidade. O encontro com os patrocinadores aconteceu logo após sua posse, três semanas atrás, e teve como objetivo alinhar diretrizes de marketing e imagem da Seleção para os próximos meses.
Apesar do apelo simbólico e social da peça, a avaliação interna na CBF foi de que a camisa causava mais desgaste do que benefícios, em especial num momento de reconstrução institucional da entidade após anos de crises administrativas.
A Nike, que participou da criação da peça e apoiou sua campanha publicitária, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o veto, mas já suspendeu ações promocionais relacionadas à camisa.
A polêmica reforça o desafio que Samir Xaud terá à frente da CBF: equilibrar interesses comerciais, apelo popular e neutralidade institucional em um país onde o futebol é constantemente atravessado por questões políticas e sociais.
