NETANYAHU ADMITE POSSIBILIDADE DE MATAR LÍDER SUPREMO DO IRÃ E DIZ QUE ISSO “ENCERRARIA O CONFLITO”

Por Redação 16/06/2025 19:00 • Atualizado Há 12 horas
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (16) que não descarta a possibilidade de assassinar o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, como forma de encerrar o conflito entre os dois países. A declaração foi dada durante entrevista à ABC News, em meio à escalada de confrontos militares que já deixaram mais de 240 mortos.

“Isso não vai escalar o conflito, vai acabar com o conflito”, declarou Netanyahu ao ser questionado sobre um plano israelense de assassinato, que teria sido vetado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Netanyahu, o Irã promove uma “guerra eterna” e representa uma ameaça nuclear iminente.

Ainda nesta segunda, Israel bombardeou a sede da TV estatal iraniana durante uma transmissão ao vivo. O Irã classificou o ataque como crime de guerra. A ofensiva israelense faz parte da chamada “Operação Leão Ascendente”, iniciada na última sexta-feira (13), e já provocou a morte de 224 pessoas no Irã e 22 em Israel, incluindo civis e crianças.

Entre os mortos no Irã estão o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe de Inteligência, Mohammad Kazemi. Já em Israel, os ataques iranianos atingiram áreas residenciais, como Tel Aviv e Tamra, além de refinarias de petróleo.

Israel afirma que seu objetivo é desmantelar o programa nuclear iraniano, que considera uma ameaça existencial. Segundo fontes militares, o Irã teria urânio suficiente para produzir ogivas nucleares em poucos dias. Mísseis israelenses já atingiram a instalação de enriquecimento de urânio em Natanz e outros alvos estratégicos em Teerã.

A tensão levou a União Europeia a convocar uma reunião de emergência para discutir os desdobramentos da guerra. Os Estados Unidos, apesar de ainda não envolvidos diretamente, indicaram que podem intervir se necessário. O presidente Trump declarou: “Às vezes, eles têm que lutar, mas vamos ver o que acontece”.

Enquanto isso, autoridades brasileiras que estavam em missão oficial permanecem em Israel, aguardando escolta para deixar o país. O Itamaraty ainda não confirmou se há planos de repatriação.

A comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada do confronto, que ameaça desestabilizar ainda mais o Oriente Médio e impactar a economia global, especialmente com a alta nos preços do petróleo, que já subiram 9% desde o início dos ataques.

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