O resgate da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi retomado na noite desta segunda-feira (23), segundo informou a família da jovem por meio das redes sociais. Juliana caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais conhecidos da Indonésia, na madrugada de sábado (21), no horário local.
A operação de resgate, que já está em seu quarto dia, agora conta com o uso de uma furadeira para auxiliar no acesso ao local e a possibilidade do emprego de um helicóptero, conforme comunicado da família. Juliana foi localizada 950 metros distante da trilha original por meio de um drone, após ter escorregado por cerca de 600 metros em terreno íngreme.
De acordo com relatos, Juliana estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro e fazia o percurso com um grupo de cinco pessoas e um guia. No segundo dia da trilha, a jovem relatou cansaço e ficou para trás. Segundo a irmã, Mariana Marins, o guia teria seguido sozinho até o cume, deixando Juliana sem supervisão. A jovem, então, teria se desesperado com a ausência do grupo e acabou caindo.
A família critica a lentidão e a falta de estrutura da operação de resgate. Em publicações, apontaram negligência por parte das autoridades locais e desmentiram informações iniciais de que Juliana teria recebido comida, água e agasalho. A irmã afirma que vídeos divulgados como sendo da operação foram forjados.
Apesar das dificuldades, o clima no Monte Rinjani amanheceu limpo, o que pode favorecer a retomada da operação. A embaixada brasileira na Indonésia informou estar acompanhando o caso de perto e enviou dois representantes ao local. O embaixador reconheceu que, inicialmente, repassou informações equivocadas com base em fontes locais.
Juliana Marins é natural de Niterói (RJ), formada em Publicidade pela UFRJ e também atua como dançarina de pole dance. A jovem compartilhava nas redes sociais registros da viagem por países como Filipinas, Vietnã, Tailândia e, mais recentemente, a Indonésia.

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais