Os Estados Unidos bombardearam três instalações nucleares no Irã neste sábado (21), marcando oficialmente sua entrada no conflito entre Israel e o regime iraniano. A informação foi confirmada pelo presidente Donald Trump, que afirmou que os alvos foram as instalações de Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã confirmou os ataques e classificou a ação como um novo estágio da guerra.
Segundo Trump, os ataques foram realizados com “grande precisão” e já concluídos, com as aeronaves americanas retornando em segurança. Em pronunciamento oficial, o presidente norte-americano declarou: “Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã”.
O bombardeio ocorre após uma semana de intensos confrontos aéreos entre Israel e Irã. O governo israelense já havia iniciado ataques direcionados a alvos nucleares iranianos, o que motivou represálias de Teerã com mísseis lançados sobre Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
De acordo com a rede Fox News, o ataque em Fordow envolveu seis bombas específicas para destruição de bunkers, enquanto nas outras duas instalações foram utilizados 30 mísseis Tomahawk. A emissora estatal israelense Kan afirmou que os ataques dos EUA foram realizados em “total coordenação” com Israel.
Durante as declarações feitas nas redes sociais, Trump afirmou às 20h50 (horário de Brasília) que o ataque havia sido concluído com sucesso. Minutos depois, reforçou que Fordow, a principal unidade nuclear do Irã, “se foi”. Por volta das 23h, fez novo pronunciamento à imprensa: “Esse é um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo. O Irã agora deve concordar em acabar com esta guerra.”
O Irã reagiu afirmando, por meio de sua emissora estatal, que “qualquer cidadão ou militar americano na região passa a ser um alvo legítimo”. Autoridades locais também confirmaram a destruição parcial das estruturas nucleares atacadas.
A ofensiva americana ocorre dentro do contexto de uma política externa mais agressiva adotada por Trump desde fevereiro, quando o governo dos EUA retomou a chamada “pressão máxima” sobre Teerã. Na ocasião, o presidente sinalizou que poderia retomar os ataques e exigiu um novo acordo para conter o programa nuclear iraniano.
Analistas internacionais alertam para a escalada do conflito. Especialistas em Direito Internacional, como Priscila Caneparo, afirmam que os EUA são “os únicos com capacidade militar real de neutralizar o programa nuclear do Irã”. Segundo ela, a ação norte-americana revela a fragilidade atual do regime iraniano e pode mudar drasticamente os rumos da guerra no Oriente Médio.
