A dor da família de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu ao cair em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, se estende diante de um novo obstáculo: a companhia aérea Emirates, responsável pelo voo de repatriação, se recusa a confirmar o transporte do corpo ao Brasil.
A negativa gerou revolta e mobilização nas redes sociais. A irmã de Juliana, Mariana Marins, denunciou publicamente que, mesmo com o translado já acertado e custeado pela Prefeitura de Niterói (RJ), a companhia aérea alegou que o bagageiro da aeronave em Bali estaria “lotado”, impedindo o embarque do corpo.
“É mais um absurdo nessa sequência de descasos que enfrentamos desde a morte da Juliana. A dor é imensurável, e agora impedem até que ela volte para casa”, desabafou Mariana em vídeo publicado nas redes sociais.
Juliana Marins faleceu após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani no dia 21 de junho. A confirmação da morte só veio três dias depois, e o resgate do corpo ocorreu no dia 25. Desde então, a família trava uma batalha para trazê-la de volta ao Brasil.
Com apoio popular e institucional, o caso ganhou comoção nacional. O jogador Alexandre Pato chegou a se oferecer para arcar com os custos das passagens dos familiares, e a Prefeitura de Niterói — cidade onde Juliana vivia — também anunciou que nomeará um mirante na Praia do Sossego em homenagem à jovem.
A página “Resgate Juliana Marins”, criada no Instagram, tem se tornado um canal de pressão e atualizações sobre o caso. A família cobra uma solução rápida por parte da Emirates, que, até o momento, não apresentou uma alternativa viável nem justificativas claras.
A situação acende um alerta para a fragilidade dos protocolos de repatriação de corpos em casos de morte no exterior e levanta críticas à conduta de grandes companhias aéreas diante de situações humanitárias.
