O governo do Irã emitiu uma grave ameaça nesta sexta-feira (14), afirmando que atacará bases militares dos Estados Unidos, Reino Unido e França caso esses países tentem impedir sua retaliação contra Israel. A advertência foi publicada pela agência estatal iraniana Mehr, após ofensivas israelenses que atingiram infraestruturas nucleares e mataram dois generais iranianos.

De acordo com o comunicado, qualquer país que interfira “estará sujeito a ter todas as suas bases regionais atacadas pelas forças iranianas”, incluindo instalações nos países do Golfo Pérsico e embarcações no Mar Vermelho. A escalada nas tensões ocorre após Israel lançar mais de 200 ataques contra o território iraniano, atingindo inclusive a instalação nuclear de Natanz.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declarou apoio irrestrito a Israel, afirmando que “sabia de tudo” sobre os ataques e que os considera uma resposta necessária contra o programa nuclear de Teerã. Já o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, alertou o Irã para não atacar soldados americanos posicionados em países árabes da região.

A França também expressou solidariedade a Israel. O presidente Emmanuel Macron afirmou que o país ajudará na defesa israelense se for necessário, embora tenha negado qualquer envolvimento em operações ofensivas. Macron também criticou o Irã pelo acúmulo de urânio enriquecido — segundo ele, 40 vezes acima do permitido —, alegando descumprimento dos compromissos internacionais.

O Reino Unido, por sua vez, nega envolvimento no ataque de Israel ao Irã. O primeiro-ministro Keir Starmer declarou que Israel tem direito à autodefesa, mas reforçou a necessidade de uma solução diplomática para o conflito.

Enquanto isso, os confrontos se intensificam. Um míssil iraniano atingiu a cidade de Rishon Lezion, em Israel, matando uma pessoa e ferindo outras 19. Ao todo, o número de feridos ultrapassou 60 em diferentes localidades israelenses. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o país irá impor um “alto preço” ao Irã por atingir civis.

Do lado iraniano, os ataques israelenses deixaram 78 mortos e cerca de 320 feridos, entre militares, cientistas nucleares e civis. A tensão entre os dois países agrava-se e já é considerada uma das maiores crises militares da década no Oriente Médio.