Israel e Irã intensificaram neste sábado (14) o embate político e militar, após a escalada de violência da última sexta-feira. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exaltou os ataques contra instalações nucleares iranianas e prometeu novas ações. Por outro lado, o Irã advertiu potências ocidentais para que não interfiram na resposta que pretende dar a Israel.
“Desferimos um golpe muito severo na principal instalação de enriquecimento do Irã e, se necessário, iremos atacá-la novamente”, disse Netanyahu, em referência à usina de Natanz. Ele também afirmou que aviões de guerra israelenses abriram um corredor aéreo seguro até Teerã, destruindo baterias antiaéreas no caminho.
Enquanto isso, o governo iraniano declarou que qualquer tentativa de intervenção por parte dos Estados Unidos, Reino Unido ou França resultará em ataques diretos a bases militares e embarcações desses países no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho.
A ameaça foi feita um dia após mísseis iranianos furarem as defesas do sistema Domo de Ferro e atingirem Tel Aviv. As autoridades iranianas ainda consideram suspender inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), alegando vazamento de informações para Israel.
O ataque-surpresa de Israel na sexta-feira (13) deixou 80 mortos no Irã, incluindo militares de alta patente e civis — entre eles 20 crianças, após um bombardeio atingir um prédio residencial em Teerã. No mesmo dia, ataques iranianos deixaram três mortos e ao menos 80 feridos em Tel Aviv.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que “Israel receberá um destino amargo” e classificou a ação como uma “declaração de guerra”. Já Israel afirma que o Irã possui urânio suficiente para produzir ogivas nucleares em poucos dias e garante que continuará os ataques para desmantelar o programa atômico iraniano.
