ISRAEL ATACA ALVOS NUCLEARES NO IRÃ E ESCALADA NO ORIENTE MÉDIO AMEAÇA GUERRA DE GRANDES PROPORÇÕES

Por Redação 14/06/2025 05:30 • Atualizado Há 3 dias
Compartilhe

Na noite da última quinta-feira (12), as Forças de Defesa de Israel lançaram uma série de ataques contra alvos estratégicos no território iraniano, incluindo instalações nucleares e bases militares. A ofensiva, segundo Tel Aviv, teve como objetivo impedir o avanço do programa nuclear do Irã, considerado uma “ameaça iminente” à segurança nacional israelense. A ação gerou reações imediatas do governo iraniano, que classificou os ataques como uma “declaração de guerra” e prometeu retaliação.

Entre os alvos atingidos, destaca-se a usina de Natanz, considerada o centro do programa de enriquecimento de urânio iraniano. De acordo com autoridades israelenses, a operação causou “grandes danos” à instalação. Outros pontos estratégicos, como um aeroporto militar em Tabriz, também foram bombardeados. Fontes de inteligência confirmaram que drones do serviço secreto Mossad participaram de ações para neutralizar defesas iranianas antes dos ataques aéreos.

A ofensiva resultou na morte de figuras importantes do aparato militar iraniano. A TV estatal confirmou os óbitos de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas. Ambos eram considerados próximos ao regime e influentes nas estratégias de defesa e expansão militar do Irã. Dois cientistas nucleares também morreram nos bombardeios.

Em resposta, o Irã lançou cerca de 100 drones em direção a Israel e ameaçou Estados Unidos e aliados. O aiatolá Ali Khamenei declarou que os responsáveis pelos ataques “pagarão caro” e prometeu um “destino amargo” para os adversários. Israel, por sua vez, afirmou estar preparado para uma retaliação nos próximos dias, e ordenou que a população permaneça próxima de abrigos.

A rivalidade entre Israel e Irã remonta à Revolução Islâmica de 1979, quando Teerã rompeu relações com Tel Aviv. Desde então, ambos os países vêm protagonizando uma “guerra nas sombras”, com envolvimento indireto em conflitos regionais e acusações mútuas sobre terrorismo e projetos armamentistas.

Israel alega que o Irã possui urânio enriquecido suficiente para fabricar até nove bombas nucleares e acusa o país de manter um programa secreto para construção de armamentos atômicos. Já o Irã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entretanto, confirmou recentemente aumento na atividade de enriquecimento de urânio em território iraniano.

O ataque de Israel gerou reações globais. Países como China e Rússia condenaram a ação, enquanto a ONU e a União Europeia pediram contenção. O Brasil, por meio do Itamaraty, expressou “firme condenação” ao ataque e alertou para o risco de um conflito de larga escala. A AIEA também demonstrou preocupação com os ataques às instalações nucleares, alertando para o risco de contaminação radioativa.

Apesar dos apelos internacionais por trégua, as declarações de ambos os lados indicam que o conflito pode se intensificar nas próximas semanas.

Deixe um comentário

Mais do V1 News