O governo de Israel custeou a saída de 27 autoridades brasileiras que estavam presas no país desde o início da escalada de violência entre israelenses e iranianos. O grupo, que incluía secretários do Governo do Distrito Federal (GDF), deixou o território israelense nesta quarta-feira (18/6), com destino à Jordânia.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Israel arcou com todas as despesas da operação, incluindo a travessia terrestre até a Jordânia, hospedagens e passagens aéreas em voos comerciais. O retorno ao Brasil, no entanto, ainda não tem data definida, uma vez que depende da disponibilidade de voos a partir da capital jordaniana, Amã — fator que pode ser impactado pela instabilidade na região.

A viagem das autoridades brasileiras ocorreu mesmo após alertas do próprio Itamaraty desaconselhando visitas a Israel desde outubro de 2023, quando a guerra na Faixa de Gaza se intensificou.

Na última segunda-feira (16/6), um outro grupo de brasileiros, composto em sua maioria por prefeitos, também conseguiu deixar Israel após dias de bloqueio em razão do agravamento do conflito no Oriente Médio.

As duas delegações estavam no país desde 12 de junho, quando ataques israelenses ao Irã deflagraram uma nova onda de tensão geopolítica, resultando em bombardeios e riscos à segurança de civis e estrangeiros.