LEGISTA DIZ QUE JULIANA MARINS MORREU HORAS ANTES DO RESGATE EM VULCÃO NA INDONÉSIA

Por Redação 27/06/2025 16:07 • Atualizado Há 3 dias
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Juliana Marins, turista brasileira de 26 anos que sofreu uma queda durante a escalada do Monte Rinjani, na Indonésia, pode ter morrido apenas horas antes do corpo ser resgatado na quarta-feira (25). A informação foi confirmada pelo médico legista responsável pela autópsia, em entrevista à BBC News Indonésia, e contradiz o relatório da agência de resgate local, Basarnas, que havia informado que Juliana foi encontrada sem vida na noite de terça-feira (24).

Segundo o especialista forense Ida Bagus Alit, a morte ocorreu entre 1h e 13h do horário local (entre 14h de terça e 2h de quarta, pelo horário de Brasília). A causa foi trauma contundente, com múltiplas fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, resultando em lesões internas e hemorragia.

O legista apontou ainda que a jovem pode ter morrido cerca de 20 minutos após sofrer os ferimentos, descartando a possibilidade de que tenha sobrevivido por vários dias após o acidente inicial. A autópsia indicou ausência de sinais fisiológicos compatíveis com uma morte tardia, como hérnia cerebral ou retração de órgãos após sangramento prolongado. Há a possibilidade de uma segunda queda ter acelerado o desfecho.

Juliana era natural de Niterói (RJ), formada em Publicidade pela UFRJ, e estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro. Nos meses anteriores à tragédia, ela havia passado por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã, onde chegou a relatar momentos de instabilidade emocional, mas também experiências transformadoras.

O resgate do corpo foi complexo e durou cerca de sete horas, envolvendo três equipes de busca em áreas de difícil acesso. O corpo precisou ser içado por mais de 600 metros em terreno íngreme e acidentado.

A princípio, o Itamaraty informou que o translado do corpo não poderia ser custeado por recursos públicos. No entanto, após contato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o pai da jovem, Manoel Marins, o governo determinou que o Ministério das Relações Exteriores prestasse todo o apoio necessário, incluindo o transporte do corpo ao Brasil.

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