BRASIL REGISTRA MAIS DE 80 MIL DESAPARECIMENTOS EM 2024, MAIOR NÚMERO DA HISTÓRIA

Por Redação 11/06/2025 15:30 • Atualizado Há 5 dias
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O Brasil atingiu em 2024 o maior número de desaparecimentos da série histórica iniciada em 2020. Foram 80.333 registros, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O aumento foi de 3,01% em relação a 2023, quando foram notificadas 77.986 ocorrências. A média diária chegou a 219 desaparecimentos por dia.

A taxa nacional foi de 37,79 desaparecimentos por 100 mil habitantes. A Região Sudeste liderou em números absolutos, com 35.436 casos (44,11% do total), seguida pela Região Sul (17.695). Já o menor número foi registrado no Norte (4.868). São Paulo foi o estado com mais ocorrências: 19.966 registros.

As maiores taxas proporcionais de desaparecimentos foram observadas no Distrito Federal (75,36), Roraima (73,66) e Rio Grande do Sul (71,92). Em contrapartida, os menores índices ocorreram no Pará (12,33), Maranhão (12,98) e Mato Grosso do Sul (13,47).

Perfil das vítimas

A maioria dos desaparecidos é do sexo masculino (63,80%). Mulheres representaram 35,31% dos casos e, em 0,89%, o sexo não foi informado. Em Roraima, os números foram quase equivalentes: 270 homens e 251 mulheres desapareceram.

Quanto à faixa etária, adultos (18 anos ou mais) representam 70,06% dos casos, enquanto crianças e adolescentes (0 a 17 anos) somaram 27,21%. O aumento proporcional mais expressivo foi entre mulheres (+5,74%) e crianças e adolescentes (+7,33%).

Pessoas localizadas

O levantamento aponta ainda 54.665 localizações de pessoas que estavam desaparecidas — um avanço de 6,42% em relação a 2023. A média é de 149 localizações por dia. O Sudeste lidera também nesse quesito, com 24.298 pessoas encontradas.

A Região Norte teve o maior crescimento proporcional de localizações: +37,18%, com destaque para o Acre (+290,24%) e o Pará (+93,91%). Por outro lado, Tocantins apresentou queda de 22,62% nas localizações.

Entre os localizados, os homens são maioria: 32.252 registros (59%), contra 19.659 mulheres (36,96%). Roraima foi o único estado com mais mulheres localizadas do que homens. No Rio de Janeiro, chamou a atenção o alto número de registros sem informação sobre o sexo: 2.543 casos, o que representa 92% das ocorrências com essa lacuna no país.

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