O custo da cesta básica em Pernambuco apresentou nova alta e já compromete 48,44% do salário mínimo vigente, que atualmente é de R$ 1.518. O dado consta na pesquisa realizada pelo Procon-PE entre os dias 19 e 22 de maio, com base em 26 estabelecimentos localizados nos municípios de Recife, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista.
Este é o quinto aumento consecutivo identificado pelo levantamento, que avalia mensalmente os preços de 27 itens essenciais, incluindo produtos de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica. O impacto estimado da cesta básica no orçamento do trabalhador pernambucano é de R$ 735,29.
Entre os alimentos, o café em pó (250g) foi um dos que mais subiram, com alta de 17,42%, passando de R$ 16,11 para R$ 18,92. O fígado bovino registrou aumento de 15,65%, de R$ 12,65 para R$ 14,63, e a cebola teve reajuste de 11,38%, saltando de R$ 4,92 para R$ 5,48.
As maiores variações de preços, no entanto, ocorreram entre itens de higiene e limpeza. O papel higiênico (4 rolos de 30m) teve variação de 475,98%, com preços entre R$ 2,29 e R$ 13,19. O absorvente (4 unidades) apresentou oscilação de 313,97% (R$ 2,29 a R$ 9,48), o sabão em pó (500g) variou 382,07% (R$ 1,45 a R$ 6,99) e a esponja de lã de aço (8 unid.) teve variação de 260,65% (R$ 1,55 a R$ 5,59).
No setor alimentício, o fígado bovino também liderou em variação percentual de preços, com diferença de 223,46% entre o menor (R$ 9,89) e o maior valor (R$ 31,99). A farinha de mandioca torrada variou 158,05% (R$ 2,98 a R$ 7,69), a batata inglesa 125,31% (R$ 3,99 a R$ 8,99) e o feijão (mulatinho ou carioca) 120,05% (R$ 3,99 a R$ 8,78).
A pesquisa serve como parâmetro para avaliar o impacto da inflação nos itens essenciais da população pernambucana e destaca a necessidade de atenção aos preços praticados no varejo.
Imagem: Divulgação / Procon-PE