CONSELHO TUTELAR PROÍBE PREGADOR ADOLESCENTE DE CONTINUAR MINISTRAÇÕES E O AFASTA DAS REDES SOCIAIS

Por Redação 30/04/2025 12:22 • Atualizado Há 19 horas
Compartilhe

O Conselho Tutelar determinou a proibição, por tempo indeterminado, das atividades religiosas públicas do adolescente Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido por atuar como pastor em igrejas evangélicas. A decisão inclui a suspensão de todas as suas agendas de pregação, o afastamento imediato das redes sociais e o retorno às aulas presenciais.

A medida foi tomada após repercussões negativas envolvendo a conduta de Miguel durante cultos religiosos. Em um dos episódios mais polêmicos, o jovem foi filmado rasgando supostos laudos médicos enquanto afirmava estar curando doenças graves como câncer e leucemia. A gravação, amplamente divulgada nas redes sociais, gerou críticas contundentes de internautas e teólogos, que apontaram a falta de embasamento bíblico e o uso de fórmulas características do neopentecostalismo sem o devido conhecimento teológico.

A reunião entre o Conselho Tutelar, os pais do adolescente — Erica e o pastor Marcinho Silva — e líderes da igreja ocorreu na terça-feira (29), na sede do órgão em Carapicuíba (SP). Durante o encontro, ficou definido que Miguel deve se afastar completamente das redes sociais, não podendo postar vídeos relacionados à pregação ou revelações religiosas, e deverá retomar imediatamente o ensino presencial, já que vinha estudando apenas de forma online.

O pastor Marcinho Silva, pai de Miguel e presidente da Assembleia de Deus Ministério Avivamento Profético, declarou que sempre incentivou o filho a priorizar os estudos e era contra que ele viajasse sozinho para ministrar em outras cidades. Ainda segundo Marcinho, Miguel inicialmente não reagiu bem à decisão, expressando seu desejo de continuar pregando nas igrejas.

O Conselho Tutelar justificou a decisão como uma medida de proteção e orientação, considerando a idade do jovem e o impacto psicológico e social da exposição precoce e intensa. A medida visa garantir que os direitos do adolescente sejam preservados, evitando a superexposição e possíveis prejuízos educacionais, emocionais e espirituais.

Deixe um comentário

Mais do V1 News