A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, nesta terça-feira (17), a aquisição majoritária do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). O negócio, porém, ainda depende da aprovação final do Banco Central do Brasil (Bacen).
O acordo entre as instituições foi anunciado pelo BRB em 28 de março de 2025, envolvendo a compra de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master. A aquisição tem o objetivo de ampliar a atuação do BRB no mercado financeiro nacional.
Apesar da decisão favorável do Cade, o Banco Central ainda precisa se manifestar para que o negócio seja formalmente concluído. Questionado pelo g1, o Bacen não respondeu até a última atualização da matéria.
A negociação foi alvo de atenção do Ministério Público e da Justiça. Ao todo, houve sete decisões judiciais e manifestações de órgãos de controle desde o anúncio da transação. Em 1º de abril, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) solicitou esclarecimentos sobre o processo de compra, enquanto o Ministério Público de Contas do DF (MPCDF) pediu acesso integral ao processo administrativo.
Nos dias 3 e 8 de abril, o Ministério Público Federal instaurou investigações preliminares para apurar eventuais irregularidades e acompanhar o papel do Banco Central na análise da operação. Em 23 de abril, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) negou pedido do Sindicato dos Bancários para suspender a negociação.
Já em 6 de maio, o TJDFT atendeu a pedido do MPDFT e impediu temporariamente que o BRB assinasse o contrato definitivo. A proibição, no entanto, foi derrubada em 9 de maio por decisão de segunda instância.
O BRB é uma sociedade de economia mista fundada em 1964, controlada majoritariamente pelo Governo do Distrito Federal, com atuação no DF e presença em outros oito estados. Já o Banco Master, fundado em 1974 como corretora, passou a operar como banco em 1990 e adotou seu nome atual após a aquisição do Banco Vipal, em 2021.
