Após intensas negociações realizadas no fim de semana em Genebra, Suíça, os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira (12) um acordo histórico para suspender e reduzir tarifas de importação aplicadas durante a gestão do ex-presidente norte-americano Donald Trump. O pacto, que terá validade inicial de 90 dias, representa uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o acordo estabelece uma diminuição substancial nas tarifas. A taxa de importação aplicada pelos EUA a produtos chineses será reduzida de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre itens norte-americanos de 125% para 10%. Também está prevista uma queda nas taxas adicionais sobre frete de mercadorias importadas.
Além disso, os países firmaram a criação de um mecanismo de diálogo contínuo sobre temas econômicos e comerciais, que será liderado por autoridades de ambos os governos, incluindo o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer. As reuniões poderão ocorrer nos dois países ou em território neutro.
A medida foi bem recebida pelos mercados internacionais. Os índices futuros norte-americanos apresentaram alta significativa: o Dow Jones subiu mais de 2%, o S&P 500 teve alta de quase 3% e o Nasdaq Composite avançou mais de 3,5%. Na Ásia, o índice Hang Seng, de Hong Kong, registrou valorização superior a 3%.
A suspensão temporária do “tarifaço” e a promessa de cooperação econômica sinalizam um esforço conjunto por relações comerciais mais estáveis e benéficas para ambas as nações.
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