O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciaram nesta quinta-feira (8) um acordo comercial bilateral que deverá ser formalizado nas próximas semanas. A iniciativa representa o primeiro pacto comercial oficial da nova gestão de Trump, que retornou à Casa Branca em janeiro de 2025.
O acordo prevê a manutenção da tarifa de 10% sobre produtos britânicos importados pelos EUA. Em contrapartida, o Reino Unido se comprometeu a reduzir suas tarifas médias de 5,1% para 1,8% sobre mercadorias norte-americanas, além de oferecer maior abertura ao mercado de bens dos EUA.
“Isso abre um mercado enorme para nós”, declarou Trump, durante pronunciamento no Salão Oval. Já Starmer, por telefone, classificou o acordo como “um dia realmente fantástico e histórico”.
O pacto é visto como um movimento estratégico para amenizar os efeitos da política tarifária agressiva adotada por Trump no início de abril, quando o presidente impôs tarifas generalizadas a diversos parceiros comerciais, com suspensão de 90 dias em alguns casos. A medida gerou instabilidade no comércio global e preocupações com o risco de inflação e recessão.
Analistas econômicos avaliam que, embora o impacto imediato no PIB de ambos os países seja modesto, o acordo pode estimular a confiança do mercado e o crescimento de longo prazo. O Reino Unido, que também firmou recentemente um acordo de livre comércio com a Índia, busca expandir suas relações comerciais internacionais no contexto pós-Brexit.
Starmer tem tentado equilibrar as relações com EUA, China e União Europeia sem gerar atritos entre os blocos, numa diplomacia comercial pragmática.
