Durante evento do Banco do Brics na China, nesta terça-feira (13), a ex-presidente Dilma Rousseff apresentou uma nova versão do mapa-múndi lançada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proposta inverte a orientação tradicional ao posicionar o hemisfério Sul no topo e coloca o Brasil no centro da representação global.
A iniciativa foi lançada oficialmente na semana passada pelo IBGE e tem como objetivo provocar reflexões sobre a hegemonia histórica do hemisfério Norte nas representações cartográficas. O presidente do instituto, Márcio Pochmann, afirmou que a proposta “valoriza o Sul Global e estimula o debate sobre a centralidade dos países em desenvolvimento no cenário internacional”.
Apesar de simbólica, a nova perspectiva gerou reações mistas. Enquanto setores acadêmicos e políticos do Sul Global comemoraram a tentativa de reposicionamento geopolítico, críticos apontam que a inversão não altera as realidades geográficas ou econômicas do planeta. O IBGE reforçou que o mapa não substitui o modelo tradicional, mas funciona como ferramenta pedagógica para ampliar o debate geopolítico e educacional.
A apresentação do novo mapa ocorreu no contexto das atividades do Banco do Brics, onde Dilma Rousseff atua como presidente desde 2023. A versão invertida se insere no esforço de reconfigurar simbolicamente o papel dos países emergentes no sistema internacional.
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