MULHER PEDE DNA E PENSÃO DE R$ 800 PARA EX-NAMORADO POR BONECA REBORN EM BH

Por Redação 02/06/2025 15:12 • Atualizado Há 3 dias
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Um caso inusitado foi protocolado na Vara de Família de Belo Horizonte, Minas Gerais, e está chamando atenção nas redes sociais. Uma mulher de 27 anos entrou com uma ação judicial exigindo que seu ex-namorado realize um teste de DNA em uma boneca reborn — réplica hiper-realista de um bebê — e pague pensão alimentícia no valor de R$ 800 mensais.

De acordo com a autora, a boneca, batizada de Suze, representa simbolicamente a filha do casal e possui vínculo emocional legítimo com ambos. “Tenho certeza que ele é o pai. Suze pode não ter nascido de forma convencional, mas é minha filha. E ele estava comigo quando tudo começou”, declarou a mulher em entrevista a um canal local.

A petição inclui notas fiscais de enxoval infantil, como mamadeiras, fraldas e roupas, além de registros de consultas simbólicas em clínicas de brinquedo. Suze tem um quarto próprio, certidão de nascimento fictícia e até perfis ativos em redes sociais.

A defesa do ex-namorado informou que o homem está abalado e pretende solicitar uma medida protetiva, alegando perseguição e constrangimento público. Ele nega qualquer responsabilidade pelo objeto e afirma estar sendo exposto de forma vexatória.

Especialistas consultados pelo Judiciário apontam que a mulher pode estar enfrentando um quadro de luto psicológico ou transtorno dissociativo, potencialmente causado por uma perda gestacional ou término traumático. “Ela pode estar tentando lidar com uma dor profunda criando uma realidade alternativa”, explicou a psicóloga forense Dra. Érica Mendes.

A Justiça solicitou uma avaliação psicológica da autora antes de decidir se o caso terá continuidade. Juristas afirmam que, embora haja empatia com o sofrimento emocional da mulher, a legislação brasileira não reconhece vínculos de paternidade ou obrigações legais em relação a objetos inanimados.

“O Direito se baseia em vínculos reais e concretos. Não há como reconhecer juridicamente como filho alguém que não existe biologicamente”, esclareceu o advogado Rafael Campos.

📸 Imagem ilustrativa / Reprodução

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