Um projeto aprovado pela Câmara dos Deputados prevê o aumento do número de parlamentares federais, passando dos atuais 513 para 531 deputados. A medida, segundo análise do colunista Rodrigo Orengo, da BandNews FM, acarretará um impacto financeiro mensal de R$ 64 milhões aos cofres públicos.
A mudança atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu a readequação da representação proporcional dos estados com base nos dados do Censo Demográfico de 2022. A revisão identificou crescimento populacional em sete estados que, por isso, deverão ganhar mais cadeiras na Câmara: Minas Gerais, Ceará, Pará, Santa Catarina, Goiás, Amazonas e Mato Grosso.
Por outro lado, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Alagoas teriam redução no número de representantes. No entanto, para evitar desgaste político e preservar acordos entre lideranças partidárias, o presidente da Câmara articulou para que nenhum estado perdesse vagas — apenas que outros ganhassem, aumentando o total de deputados federais.
O projeto, que ainda deve gerar debates intensos no Congresso, tem como pano de fundo um compromisso firmado durante negociações que envolvem a sucessão da presidência da Câmara, com a possível eleição do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
A ampliação do número de parlamentares exige adaptações administrativas e orçamentárias, já que os custos com salários, gabinetes, assessores, auxílios e benefícios serão elevados proporcionalmente ao número de novos integrantes.
📸: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
