Os partidos PP e União Brasil sinalizaram nesta quarta-feira (11) que devem se posicionar contra a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para compensar o déficit fiscal.
Antonio Rueda, presidente do União Brasil, afirmou que as bancadas da Câmara e do Senado serão reunidas para formalizar o fechamento de questão contra “qualquer proposta de aumento de imposto que não venha acompanhada de uma vigorosa política contra desperdícios”. Segundo ele, “taxar nunca será saída; a saída é cortar despesas”.
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI), embora reconheça que o posicionamento ainda não é oficial, indicou que a maioria dos parlamentares é contrária à medida. Ele também sugeriu que a federação entre PP e União Brasil, firmada em abril, discuta inclusive o rompimento com o governo Lula, do qual ainda participam com três ministérios: Esportes, Turismo e Comunicações.
Em nota, a oposição no Senado — que inclui PP, PL, Republicanos, Novo e PSDB — também criticou a proposta de aumento do IOF, classificando-a como “inconstitucional e economicamente danosa”. O grupo propõe alternativas como corte de gastos, fim dos supersalários, maior controle fiscal e reforma do arcabouço com metas mais rígidas.
Ciro Nogueira defendeu que o governo precisa de mais transparência, previsibilidade e competência na gestão pública, e pediu que os três Poderes contribuam com o corte de despesas, principalmente o Judiciário.
