A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta sexta-feira (6), negar o recurso da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e manter a condenação da parlamentar a 10 anos e 8 meses de prisão. A pena está relacionada à invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023.
A defesa de Zambelli argumentava cerceamento de defesa, alegando que não teve acesso a todas as provas produzidas na investigação. No entanto, todos os ministros do colegiado — Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia — votaram pela rejeição do recurso.
Com a decisão, foi declarado o trânsito em julgado do processo, o que significa que não há mais possibilidade de recorrer na esfera judicial.
A condenação é fruto de investigação que apurou o uso indevido de credenciais e sistemas internos do CNJ, o que configurou crime de invasão de dispositivo informático com agravantes. O caso teve forte repercussão política, já que Zambelli é uma das principais figuras da base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Até o momento, a defesa da deputada ainda não se manifestou sobre os próximos passos legais após o encerramento do processo no STF.
