O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a determinar, nesta sexta-feira (13), a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, mas a medida foi revogada horas depois. A informação foi divulgada pela GloboNews e confirmada por fontes ligadas à investigação.
Cid, que é réu na ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, permanece em liberdade, mas deverá ser ouvido novamente pela Polícia Federal. Ele é apontado como delator central na investigação sobre a suposta articulação golpista.
Ainda nesta sexta-feira, a PF prendeu o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, em Recife (PE), suspeito de tentar facilitar a fuga de Mauro Cid por meio da obtenção de um passaporte português. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia solicitado a abertura de inquérito contra o ex-ministro na última terça-feira (10), além da quebra de sigilos e buscas.
Segundo informações da CNN Brasil, Machado teria atuado no dia 12 de maio de 2025 para viabilizar a expedição do documento junto ao consulado português no Recife. Além disso, a PF investiga uma campanha de arrecadação promovida por ele nas redes sociais, destinada a ajudar financeiramente Jair Bolsonaro.
A campanha, considerada uma reedição da “vaquinha” de 2023, teria tido como objetivo custear despesas médicas, jurídicas e até enviar recursos ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos. O parlamentar agradeceu o gesto, mas recusou publicamente a ajuda financeira.
Gilson Machado nega envolvimento em qualquer tentativa de fuga e afirma que o contato com o consulado teve como única finalidade renovar o passaporte de seu pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães.
