REAJUSTE DOS PROFESSORES NÃO É VOTADO NA ALEPE POR FALTA DE QUÓRUM E ENTRA NA FILA DE ESPERA

Por Redação 03/06/2025 22:07 • Atualizado Há 3 dias
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Mais um projeto relevante entrou na fila de espera para ser votado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Nesta terça-feira (3), a proposta de reajuste salarial de 6,27% para os professores da rede estadual não foi apreciada por falta de quórum no plenário. Apenas 22 deputados estavam presentes, e da base governista, somente Débora Almeida (PSDB) compareceu.

O bloqueio da pauta do dia foi solicitado pela própria deputada Débora, o que gerou protestos de professores presentes nas galerias da Alepe. Eles manifestaram insatisfação diante da ausência de parlamentares em um momento considerado decisivo.

Segundo informações, o esvaziamento do plenário foi motivado por orientação do Governo Estadual, sob o argumento de que nenhuma matéria deve ser votada antes da aprovação de um empréstimo de R$ 1,5 bilhão e da sabatina com o novo administrador do Distrito de Fernando de Noronha, Virgílio Oliveira. A oposição, por sua vez, exige esclarecimentos sobre outros empréstimos como condição para liberar ambas as propostas na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ).

A deputada Dani Portela (Psol) utilizou a tribuna para criticar o impasse entre governo e oposição. “O quórum desaparece em questão de minutos. A gente precisa ir ao Palácio do Governo. Há 15 dias não se vota nada nesta Casa”, declarou.

Rosa Amorim (PT) também protestou contra a ausência da base governista. Para a deputada, a não votação representa um desrespeito à conquista dos professores. “A sensação era de comemorar a vitória do piso dos professores. Isso é uma vergonha porque não vai ser votado por falta de quórum”, afirmou.

Renato Antunes (PL), integrante da bancada independente, cobrou presença dos colegas e afirmou que “temos que fazer o nosso papel e comparecer”. Em seu discurso, comparou o tratamento dado ao magistério pelo Governo do Estado e pela Prefeitura do Recife. “A governadora Raquel Lyra garantiu os 6,27% para toda a categoria. No Recife, a gestão de João Campos tem desrespeitado os professores”, afirmou.

📷 Foto: Marina Torres / DP Foto

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