A Prefeitura de Belo Horizonte declarou estado de emergência na saúde pública nesta quarta-feira (1º) devido ao colapso no sistema hospitalar provocado pelo aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre crianças.

A medida, assinada pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil), terá validade inicial de 180 dias e permite ações excepcionais para lidar com a sobrecarga nas unidades de saúde, como a dispensa de licitação para aquisição de insumos, contratação temporária e renovação imediata de profissionais, além da ampliação da carga horária de servidores da saúde.

Segundo o decreto, o foco será a priorização do atendimento a grupos vulneráveis — incluindo crianças, idosos e pessoas em situação de fragilidade social — e a alocação de leitos com suporte ventilatório e de UTI para casos graves.

Em abril, Belo Horizonte registrou 63.217 atendimentos por SRAG, um aumento de 49% em relação a março, quando houve 42.435 casos. O avanço súbito da doença tem pressionado a capacidade dos hospitais, levantando alertas sobre riscos de desassistência.

O Centro de Operações de Emergências para monitoramento dos vírus respiratórios (COE Resp) ficará responsável por coordenar a resposta da Secretaria Municipal de Saúde durante o período emergencial.

A decisão já está em vigor, conforme publicado no Diário Oficial do Município.