Pela primeira vez, o Brasil possui um dado oficial sobre a população com Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com o Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,4 milhões de pessoas declararam ter recebido diagnóstico de TEA por um profissional de saúde. O número representa 1,2% da população brasileira.
Especialistas apontam, no entanto, que a quantidade real pode ser ainda maior, devido a fatores como o subdiagnóstico, principalmente em regiões e camadas sociais mais vulneráveis. A ausência de acesso a serviços especializados e a dificuldade na identificação precoce são obstáculos recorrentes no enfrentamento da condição.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o autismo como um transtorno caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Tais características são consideradas atípicas para a idade e o contexto sociocultural da pessoa diagnosticada.
O levantamento feito pelo IBGE no Censo 2022 representa um marco importante para a formulação de políticas públicas e para o aprimoramento do cuidado às pessoas com TEA, oferecendo um panorama inédito sobre a prevalência do transtorno no país.
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