LOUVRE FECHA AS PORTAS APÓS GREVE DE FUNCIONÁRIOS CONTRA TURISMO EM MASSA

Por Redação 16/06/2025 15:33 • Atualizado Há 10 horas
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O Museu do Louvre, em Paris, fechou temporariamente nesta segunda-feira (16), após funcionários entrarem em greve contra o excesso de visitantes. Conhecido por abrigar a obra “Mona Lisa”, o museu mais visitado do mundo foi fechado sem aviso prévio, surpreendendo milhares de turistas que aguardavam na entrada sob a famosa pirâmide de vidro.

A paralisação teve início durante uma reunião de rotina, mas rapidamente se transformou em um protesto coletivo. Os trabalhadores alegam esgotamento físico e emocional diante da superlotação diária e da falta de infraestrutura para lidar com o volume atual de visitantes. Em 2023, o Louvre recebeu 8,7 milhões de pessoas — mais que o dobro de sua capacidade ideal, segundo os sindicatos.

Embora exista um limite oficial de 30 mil visitantes por dia, os funcionários relatam condições precárias de trabalho, incluindo banheiros insuficientes, áreas de descanso reduzidas, longas filas, calor excessivo e até problemas estruturais. Em um memorando interno vazado à imprensa, a presidente do Louvre, Laurence des Cars, afirmou que parte do edifício “não é mais à prova d’água” e que as variações de temperatura colocam obras valiosas em risco.

O fechamento acontece em meio a uma onda de protestos contra o turismo de massa em várias cidades europeias. No domingo (15), manifestações ocorreram em Palma de Maiorca, Barcelona, Veneza e Lisboa, com moradores criticando os impactos negativos do turismo descontrolado sobre a vida urbana.

No caso do Louvre, há um plano de renovação que será financiado por meio de bilheteria, doações privadas, verbas estatais e royalties do Louvre Abu Dhabi. A previsão é de que o ingresso para turistas de fora da União Europeia aumente ainda este ano. No entanto, os trabalhadores argumentam que não podem esperar por mudanças a longo prazo, e pedem soluções imediatas.

O presidente Emmanuel Macron, que já utilizou o Louvre como símbolo em sua campanha eleitoral e nas Olimpíadas de Paris de 2024, prometeu modernizar o museu até o final da década. Enquanto isso, o futuro do ícone cultural francês segue cercado de incertezas.

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