BRASILEIRA DIZ SER ASTRONAUTA, MAS NASA NEGA TREINAMENTO E EMPRESA ENVOLVIDA NÃO TEM LICENÇA

Por Redação 12/06/2025 05:00 • Atualizado 12/06/2025
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A jovem mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, viralizou nas redes sociais ao afirmar que se tornou “astronauta de carreira” e que participará de uma missão espacial em 2029. No entanto, uma checagem revelou uma série de inconsistências nas informações divulgadas pela própria Laysa.

Ela afirma ter sido selecionada pela empresa Titans Space, que não possui licença para voos espaciais da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) e nunca realizou uma missão. A própria Nasa, que Laysa alega ter lhe fornecido treinamento em 2022, negou qualquer vínculo oficial com a jovem. Segundo a agência americana, Laysa não está entre os dez candidatos atuais a astronauta em formação.

As inconsistências se estendem ao currículo acadêmico. Laysa já se apresentou como aluna da UFMG, mas a universidade informou que ela foi desligada após não se rematricular em 2023. A jovem também afirma cursar mestrado na Universidade Columbia, em Nova York, mas a instituição não encontrou registros em seu nome. Em nota, sua assessoria disse que ela está atualmente matriculada no Manhattan College e que participou de um curso educacional na U.S. Space & Rocket Center, um centro de visitação da Nasa no Alabama — um programa pago que não equivale a formação de astronauta.

A Titans Space confirmou que Laysa foi “selecionada” para uma futura missão, mas seu nome não aparece entre os listados no site da empresa, que oferece pacotes turísticos espaciais por valores a partir de US$ 1 milhão. A assessoria da jovem alega que o site está desatualizado.

Após a reportagem ir ao ar, Laysa desativou seu perfil no LinkedIn, onde constavam parte das informações agora contestadas. Especialistas ressaltam que a formação de astronauta é rigorosa, demanda anos de experiência, qualificação técnica, preparação física e seleção criteriosa.

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