CHINA INAUGURA O PRIMEIRO HOSPITAL DO MUNDO OPERADO EXCLUSIVAMENTE POR MÉDICOS ROBÔS

Por Redação 05/05/2025 13:00 • Atualizado 05/05/2025
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A China deu um salto ousado em direção ao futuro da medicina ao inaugurar o primeiro hospital do mundo totalmente operado por médicos robôs. Chamado de Hospital Agente, o projeto foi desenvolvido pela Universidade Tsinghua, em parceria com a Huawei HealthTech e o Ministério da Ciência e Tecnologia da China.

A unidade hospitalar conta com 14 médicos de Inteligência Artificial e 4 enfermeiros virtuais, com capacidade de atender até 3.000 pacientes por dia. Os robôs realizam triagens, diagnósticos, tratamentos e até cirurgias com um índice de acerto de 93,06%, superando diversos padrões humanos.

O processo é automatizado desde o início. O atendimento começa com um robô de triagem que mede os sinais vitais e, em seguida, um sistema central de IA — apelidado de Dr. Ling — analisa o histórico do paciente e propõe diagnósticos e tratamentos. Cirurgias minimamente invasivas, administração de medicamentos, vacinação e sessões de psicoterapia virtual também fazem parte da estrutura.

Apesar dos avanços, o modelo não está isento de críticas. Especialistas em bioética alertam para a ausência de empatia nas máquinas e os riscos de decisões médicas sem supervisão humana direta. Para o Dr. Zhao Wen, diretor de Bioética da Universidade de Xangai, “a medicina não é apenas ciência, é também arte e humanidade”.

O hospital também se destaca pela eficiência: pode atender até 5 mil pacientes por dia com um índice de erro clínico 20 vezes menor que o de hospitais tradicionais, e com custo operacional 60% menor. A supervisão humana ocorre remotamente, com intervenção apenas em casos críticos.

Diante do sucesso dos primeiros testes, o governo chinês já planeja expandir o modelo para áreas rurais e regiões com carência de profissionais de saúde. Países como Coreia do Sul, Suécia e Emirados Árabes já demonstraram interesse na tecnologia.

Ainda que a inovação prometa revolucionar o setor, especialistas alertam para questões fundamentais de segurança, regulamentação e responsabilidade médica. A principal dúvida: quem responde em caso de erro de um médico robô?

A chegada da inteligência artificial à medicina é irreversível, mas exige cautela, ética e responsabilidade para garantir que o avanço tecnológico caminhe lado a lado com os princípios da saúde humana.

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